terça-feira, 27 de setembro de 2022

Patologias - Corrosão de Armaduras



                                              Fonte Imagens: Google

Pode-se definir corrosão como a interação destrutiva de um material com o ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica. 

Basicamente, são dois os processos principais de corrosão que podem sofrer as armaduras de aço para concreto armado: a oxidação e a corrosão propriamente dita.

Por corrosão entende-se o ataque de natureza eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A corrosão acontece quando é formada uma película de eletrólito sobre a superfície de aço. Esta película é causada pela presença de umidade no concreto, salvo situações especiais e muito raras, tais como dentro de estufas ou sob  ação de elevadas temperaturas (> 80°C) e em ambientes de baixa umidade (< 50%). Este tipo de corrosão é também responsável pelo ataque que sofrem as armaduras antes de seu emprego, quando ainda armazenadas no canteiro. É o tipo de corrosão que o engenheiro civil deve conhecer e com a qual deve se preocupar. É melhor e mais simples preveni-la do que tentar saná-la depois de iniciado o processo. Embora num processo corrosivo sempre intervenham reações químicas e cristalizações de natureza complexa, será apresentado, a seguir, um modelo simplificado das técnicas mais usadas na recuperação das estruturas de concreto sob ação da corrosão e as ferramentas básicas para sua prevenção.

A recuperação deste tipo de fenômeno patológico - corrosão de armaduras - é

delicada e requer mão de obra especializada. Consiste basicamente de cinco

etapas, descritas a seguir:

a) Determinar a causa do defeito. Somente após eliminá-la, executar o reparo no concreto, exceto em casos de emergência.

b) Selecionar um material de qualidade reconhecida, apropriado para as recuperações em concreto, que possua características físico-químicas e performances compatíveis com o projeto original.

c) Escolher o método de aplicação adequado ao material selecionado acima, objetivando obter seu melhor desempenho.

d) Preparar corretamente o substrato a ser reparado, deixando-o livre de concreto solto, óleos, graxas,, etc. e com forma geometricamente simples. No caso de materiais base mineral (cimento portland), saturá-lo com água. Já no caso de materiais a base de epoxy, esse substrato deverá estar seco.

e) Uma aplicação bem executada e uma cura eficiente irão proporcionar um reparo duradouro, e, na maioria das vezes, melhor até que a estrutura de concreto original.

Recuperar uma estrutura de concreto, em grosso modo, é devolvê-la às suas condições originais, ou seja, antes de ser atacada pela corrosão das armaduras. Além de remover as oxidações, há ainda a necessidade da reconstrução do cobrimento das armaduras, de preferência com concreto bem adensado. Este cobrimento tem a finalidade de:

• Impedir a penetração de umidade, oxigênio e agentes agressivos até as armaduras; 

• Recompor a área da secção de concreto original; 

•  Propiciar um meio que garanta a manutenção da capa passivadora no aço.


É muito importante utilizar técnicas adequadas e materiais que não segreguem durante a aplicação. Qualquer segregação dos componentes do material de reparo provoca uma alteração das suas propriedades físicas e reduz drasticamente a possibilidade de se obter a primeira premissa quando do início dos estudos: restaurar a estrutura o mais próximo possível do especificado no projeto original.


Finalmente, cabe lembrar que, antes de qualquer recuperação, devem ser identificadas e sanadas as causas. Caso isso não seja observado, corre-se o risco de acarretar corrosão em outros locais por haver criado mais descontinuidade na estrutura, além das que originalmente existiam. Quando a causa é devida a cloretos incorporados à massa de concreto, a solução pode não ser simples e, em geral, requer respostas específicas para cada caso.

Prevenção e Manutenção nas Edificações são a solução!!! 

MBO Engenharia e Arquitetura

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